sábado, 10 de julho de 2010

Maia





Um aspecto surpreendente das grandes estruturas maias é a carência de muitas das incastecnologias avançadas que poderiam parecer necessárias a tais construções. Não há notícia do uso de ferramentas de metalpolias ou veículos com rodas. A construção maia requeria um elemento com abundância, muita força humana, embora contasse com abundância dos materiais restantes, facilmente disponíveis.
Toda a pedra usada nas construções maias parece ter sido extraída de pedreiras locais; com maior freqüência era usada pedra calcária, que, ainda que extraída e exposta, permanecia adequada para ser trabalhada e polida com ferramentas de pedra, só endurecendo muito tempo depois.
Além do uso estrutural de pedra calcária, esta era usada em argamassas feitas do calcário queimado e moído, com propriedades muito semelhantes às do atual cimento, geralmente usada para revestimentos, tetos e acabamentos e para unir as pedras apesar de, com o passar do tempo e da melhoria do acabamento das pedras, reduzirem esta última técnica, já que as pedras passaram a se encaixar quase perfeitamente. Ainda assim o uso da argamassa permaneceu crucial em alguns tetos de postes e vergas sobre portas e janelas (dintel).
Quando se tratava das casas comuns, os materiais mais usados eram as estruturas de madeiraadobe nas paredes e cobertura de palha, embora tenham sido descobertas casas comuns feitas de pedra calcária, senão total mas parcialmente. Embora não muito comum, na cidade de Comalcalco, foram encontrados ladrilhos de barro cozido, possivelmente solução encontrada para o acabamento em virtude da falta de depósitos substanciais de boa pedra



Processo de construção


Todas as evidências parecem sugerir que a maioria dos edifícios foi construída sobre plataformas aterradas cuja altura variava de menos de um metro, no caso de terraços e estruturas menores, a até quarenta e cinco metros, no caso de grandes templos e pirâmides. Uma trama inclinada de pedras partia das plataformas em pelo menos um dos lados, contribuindo para a aparência bi-simétrica comum à arquitetura maia. Dependendo das tendências estilísticas que prevaleciam na área e época, estas plataformas eram construídas de um corte e um aterro de entulhos densamente compactado. Como no caso de muitas outras estruturas, os relevos maias que os adornavam, quase sempre se relacionavam com o propósito da estrutura a que se destinavam. Depois de terminadas, as grandes residências e os templos eram construídos sobre as plataformas. Em tais construções, sempre erguidas sobre tais plataformas, é evidente o privilégio dado ao aspecto estético exterior em contra-ponto à pouca atenção à utilidade e funcionalidade do interior.





Sistema de escrita


O sistema de escrita maia (geralmente chamada hieroglífica por uma vaga semelhança com a escrita do antigo Egito, com o qual não se relaciona) era uma combinação de símbolos fonéticos e ideogramas. É o único sistema de escrita do novo mundo pré-colombiano que podia representar completamente o idioma falado no mesmo grau de eficiência que o idioma escrito no velho mundo.
As decifrações da escrita maia têm sido um longo e trabalhoso processo. Algumas partes foram decifradas no final do século XIX e início do século XX (em sua maioria, partes relacionadas com números, calendário e astronomia), mas os maiores avanços se fizeram nas décadas de 1960 e 1970 e se aceleraram daí em diante de maneira que atualmente a maioria dos textos maias podem ser lidos quase completamente em seus idiomas originais. Lamentavelmente, os sacerdotes espanhóis, em sua luta pela conversão religiosa, ordenaram a queima de todos os códices maias logo após a conquista.
Assim, a maioria das inscrições que sobreviveram são as que foram gravadas em pedra e isto porque a grande maioria estava situada em cidades já abandonadas quando os espanhóis chegaram.


Calendário tzolk'in


tzolk'in (na ortografia maia moderna , também escrito tzolkin) é o nome comumente empregado pelos estudiosos da civilização maia para o Ciclo Sagrado Maia ou calendário de 260 dias. A palavra tzolk'in é umneologismo cunhado na língua maia iucateque, para significar "contagem de dias".[8] Os vários nomes deste calendário usados pelos povos maias pré-colombianos ainda são debatidos pelos estudiosos. O calendário asteca equivalente foi chamado tonalpohualli, na língua náuatle.
O calendário tzolk'in combina vinte nomes de dias com os treze números do ciclo trezena para produzir 260 dias únicos. Ele é usado para determinar o momento de eventos religiosos e cerimoniais e para divinação. Cada dia sucessivo é numerado de 1 a 13 e então começa novamente em 1. Além disso, a cada dia é dado um nome uma lista sequencial de 20 nomes de dias:
Calendário tzolk'in: nomes dos dias e glifos associados (em sequência)
No.
Seq. ¹
Nome do
dia ²
Exemplo de
glifo 3

Iucateque do séc. XVI 4
Língua maia
reconstruído5
No.
Seq. ¹
Nome do
dia ²
Exemplo de
glifo 3

Iucateque do séc. XVI 4
Língua maia
reconstruído5
01Imix'MAYA-g-log-cal-D01-Imix.pngImixImix (?) / Ha' (?)11ChuwenMAYA-g-log-cal-D11-Chuwen.pngChuen(desconhecido)
02Ik'MAYA-g-log-cal-D02-Ik.pngIkIk'12Eb'MAYA-g-log-cal-D12-Eb.pngEb(desconhecido)
03Ak'b'alMAYA-g-log-cal-D03-Akbal.pngAkbalAk'b'al (?)13B'enMAYA-g-log-cal-D13-Ben.pngBen(desconhecido)
04K'anMAYA-g-log-cal-D04-Kan.pngKanK'an (?)14IxMAYA-g-log-cal-D14-Ix.pngIxHix (?)
05ChikchanMAYA-g-log-cal-D05-Chikchan.pngChicchan(desconhecido)15MenMAYA-g-log-cal-D15-Men.pngMen(desconhecido)
06KimiMAYA-g-log-cal-D06-Kimi.pngCimiCham (?)16Kib'MAYA-g-log-cal-D16-Kib.pngCib(desconhecido)
07Manik'MAYA-g-log-cal-D07-Manik.pngManikManich' (?)17Kab'anMAYA-g-log-cal-D17-Kaban.pngCabanChab' (?)
08LamatMAYA-g-log-cal-D08-Lamat.pngLamatEk' (?)18Etz'nab'MAYA-g-log-cal-D18-Etznab.pngEtznab(desconhecido)
09MulukMAYA-g-log-cal-D09-Muluk.pngMuluc(desconhecido)19KawakMAYA-g-log-cal-D19-Kawak.pngCauac(desconhecido)
10OkMAYA-g-log-cal-D10-Ok.pngOc(desconhecido)20AjawMAYA-g-log-cal-D20-Ajaw.pngAhauAjaw





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