sábado, 14 de maio de 2011

especial pirenopolis 2011


Anacardium humile


Anacardium humile em Pirenópolis
Nomes comuns: caju, cajuzinho-do-campo, cajuína
Família: Anacardiaceae
Gênero: Anacardium
Espécie: humile
Botânico: Mart.
Ocorrência: cerrado rupestre, cerrado, campo sujo
Floração: de junho a novembro
Frutificação: de outubro a novembro
Porte: escleromórfico, até 2m, arbusto
Raízes: xilopódio, profundas
Folhas: subsésseis, simples, pecioladas, ovadas, nervuras visíveis, glabras, brilhantes, base aguda, alternas
Flores: vermelho-rosadas, ovário súpero, hermafroditas, actinomorfas, 8 a 10 estames, 5 pétalas
Frutos: reniforme, noz, cinza, brilhante, 2 a 5 cm, 1 semente
Uso: Pseudofruto comestível, in natura, sucos e doces. A castanha oleaginosa (fruto) é comestível quando torrada; A raiz é purgativa; a casca é usada contra inflamações da graganta; as folhas contra diarréia e como expectorante; a semente contra manchas na pele


Xylopia aromatica

Xylopia aromatica em Pirenópolis
Nomes comuns: Pimenta-de-macaco, pindaíba
Família: Annonaceae
Gênero: Xylopia
Espécie: aromatica
Botânico: (Lam.) Mart.
Ocorrência: cerrado, cerradão
Floração: de agosto a novembro
Frutificação:
Porte: Árvore, 8 metros,
Folhas: simples,alternas,dísticas,lanceoladas,cartáceas,curto-pecioladas,pilosas
Flores: brancas,6 pétalas, sépalas vermelhas,axilares,actinomorfas
Frutos: frutículos, deiscentes,2 a 5cm
Uso: Usa-se os frutos e sementes moídas como condimento. O tronco é usada para construções rurais, principalmente em populações carentes, para fazer caibros de telhados.

Obs: Planta pioneira, nasce fácil após corte da vegetação. Sua madeira, leve e de pouca durabilidade é usada pela população mais pobre. Daí vem o termo "na pindaíba".

Allamanda angustifolia

Allamanda angustifolia em Pirenópolis
Nomes comuns: Polliana
Família: Apocynaceae
Gênero: Allamanda
Espécie: angustifolia
Botânico: Pohl
Ocorrência: cerrado de encosta, cerrado, campo sujo
Floração: de novembro a abril
Frutificação: de marco a julho
Porte: sub-arbusto
Folhas: verticiladas, opostas, pinadas
Flores: amarelas, 5 pétalas
Frutos:
Obs: Planta endêmica da região da Serra dos Pireneus, catalogada por Pohl em 1827. Símbolo da flora pirenopolina.

Gomphrena officinalis

Gomphrena officinalis em Pirenópolis
Nomes comuns: Para-tudo
Família: Amaranthaceae
Gênero: Gomphrena
Espécie: officinalis
Botânico: Mart.
Ocorrência: cerrado, campo sujo
Floração: de novembro a abril
Frutificação:
Porte: herbáceo
Folhas:
Flores: vermelhas, inflorescência
Frutos:
Fontes: Cerrado: Espécies vegetais úteis - Almeida, S.P.; Proença, C.E.B; Sano, S.M.;Ribeiro, J.F.

O Cerrado, nosso bioma


Definição


alexlelis@ovi.com
O que é o Cerrado - O Cerrado é um bioma típico do continente sul americano. A principal caracteristica deste bioma se refere às estações climáticas, divididas em duas estações muito bem diferenciadas: a estação da seca e a estação das chuvas. Esta característica, que ocorre à milhões de anos, consolidou as formas de vida e a geologia do local. Há a predominância de latossolos ácidos e bem lixiviados. Reconhecida como uma espécie de savana, possui fauna e flora com características bem peculiares. Há um mosaico de tipos de solos que determinou um igual mosaico de tipos de vegetação, são as fitofisionomias, onde encontramos: campos, cerrados, matas e veredas num mesmo campo de visão.

Clima


  Pôr do sol no Pico dos Pireneus   
alexlelis@ovi.com
Tropical sub-úmido com duas estações bem definidas: a estação das chuvas, que vai de outubro a março, e a da seca, que vai de abril a setembro. O município, por ser parte montanhoso, mantém algumas variações climáticas devido às altitudes. Com uma serra ladeando o lado leste do município em sentido sul-norte, bloquea em parte as correntes úmidas do sudeste de forte influência marítica. Recebe, por esta conformação de relevo, principalmente nas épocas das chuvas, umidade vinda do norte-noroeste, de origem amazônica. Os ventos predominantes são sudestes, que chegam por sobre a serra. Podendo ocorrer lufadas de vento de norte nos períodos das chuvas. Os períodos mais críticos são setembro/outubro quando a seca é forte e o sol começa a esquentar, e entre fevereiro e março, quando a umidade está muito alta e começa a esfriar.

Aspectos físicos

Aspectos físicos em Pirenópolis
vista da cidade do alto da serra
Abrangência - 22% do território brasileiro é ocupado por esse bioma, que abrange todo o Centro Oeste, invadindo parte do Sudeste, parte do Norte e parte do Nordeste brasileiro. Há uma mancha de cerrado nas Guianas. Apenas 2% deste bioma é composto de cerrado rupestre (sobre rochas). A transição entre o cerrado e a mata amazônica não é abrupta, fundem-se em manchas e no chamado mato grosso (matas semicaducifólias) até total transição por longo trecho ao norte. Ao sul o Planalto Central aparenta distinto limite, apesar de haver cerrado no norte de Minas e São Paulo.
Relevo - Pirenópolis se localiza bem no centro, ocupando partes altas do Planalto Central e partes baixa do Mato Grosso Goiano. Circundado do nordeste ao sul por serras, que são os contrafortes do Planalto, possui um relevo acidentado, que varia de cerca de 650 a 1400 metros de altitude. Portanto, temos: áreas altas com campos de altitude, inundáveis e semi-inundáveis e veredas (várzeas), de topografia suave; Paredões, escarpas e picos rochosos, com cerrados rupestres (sobre rochas); Vales abruptos com matas úmidas rodeadas de cerrado e campos; e planicies com cerradão e matas (úmidas e secas).
Hidrografia - Por causa deste relevo acima descrito, a região é rica em nascentes. As serras, que cortam o município, são divisores de duas das maiores bacias hidrográficas brasileiras, a Platina, ao leste e sul, e a Tocantinense, ao oeste e norte. Portanto poucos são os rios caudalosos, principalmente próximo à cidade, que fica próxima a serra. Mais ao norte e noroeste do município temos rios mais volumosos, como o Rios das Almas, o Rio do Peixe e o Maranhão.

Fitofisionomias

Fitofisionomias em Pirenópolis
vista de vereda e cerrado rupestre no vale do Morro Cabeludo
As fitofisionomias, que são os tipos de vegetação, é uma das características mais marcantes do Cerrado. As principais são:
Matas úmidas - São matas que acompanham os córregos e rios. Conhecidas também como matas de galeria ou mata ciliar, mantém sua folhagem sempre verde durante todo o ano. As principais espécies de mata úmida são normalmente árvores frondosas de tronco liso e folhas pequenas. como: tamboril, jatobá-da-mata, canela-de-grota, jequitibá, palmito-jussara etc.
Matas secas - São matas que ficam mais afastadas dos cursos d'água. Conhecidade como matas de interflúvio e florestas semi-decídua. Tem este nome, devido a partes de suas espécies perderam folhas durante o período de seca. As principais espécies são árvores frondosas: aroeira, ipê, pindaíba, pau-d'óleo, umburuçu etc.
Cerradão - Vegetação de transição entre a mata-seca e o cerrado, podendo ser confundido com ambos. Possui árvores frondosas de matas com espécies tortuosas de cerrado. Vegetação de porte sub-arbóreo e de densidade média-alta.
Cerrado - Conhecido também como campo cerrado e cerrado sentido estrito. É aquele que mais representa este bioma. Espécies vegetais arbustivas, bastante tortuosas, raízes profundas, cascas grossas, folhas largas são suas principais características. Possui densidade média e uma peguena, mas significante, população de gramíneas e erbáceas. ex: pau-terra, pau-santo, pequizeiro, carvoeiro, barbatimão etc.
Campo sujo - Ou cerrado ralo. Onde a densidade de gramíneas e plantas erbáceas é maior que as arbustivas. Além das gramíneas, as mesmas espécies do cerrado podem habitar os campos sujos. Há animais típicos de campos, como as emas, seriemas, lobo-guarás etc.
Campo limpo - Onde praticamente não há arbustos. As espécies que predominam são gramínias e ervas rasteiras. Normalmente são solos rasos, arenosos, e bastante pobres. Nesta classificação encontramos os campos inundáveis: que, por possuir solo raso e argilas higromórficas armazenam água durante o período das águas e as retem durante um bom período de seca; e os campos de muruduns: campos com pequenas ilhas de vegetação arbustivas que são formadas pela atividade de cupinzeiros.
Veredas - Também conhecidas com várzea ou várgem. São pequenos cursos e nascentes d'águas, que circundados por campos ou cerrados ralos, possuem uma vegetação hidrida em torno destes córregos, marcada pela presença de palmeiras, como buritis, e espécies de mata e de campo.
Cerrado rupestre - São cerrados nascidos sobre rochas, podendo ser ralo ou denso. São espécies típicas: flor do pau, árvore do papel, cajú, clusia, guatambu, bromélias, orquídes, líquens, musgos etc.

Geomorfologia

Geomorfologia em Pirenópolis
Pedra do Jacaré - Parque dos Pireneus
Origem - A formação geológica da região e de quase todo o interior do Brasil e bioma cerrado é datado do período pré-cambriano, cerca de 1,100 a 1,500 bilhões de anos. Considerado como uma das rochas mais antigas do planeta. De formação sedimentar, estas rochas metamórficas são, aqui em Pirenópolis, na sua maioria quartizíticas. A teoria é que neste período provenientes da erosão de um antigo continente, sedimentos foram se consolidando no funco de um mar, dando origem a placa tectônica de São Francisco, que emgloba todo o continente sul-americano. Por volta de 1 bilhão de anos atrás, isto se ergueu do mar formando o continente. Neste longo período, esta sólida estrutura cristalina, foi sendo cercada de mar e atingida por grandes intempéries. A parte central, que é o local de nosso estudo, distante do mar, passou por períodos distintos de secas e chuvas, que cavaram os vãos dos grande rios continentais como o São Francisco; o Rio Grande; O Tocantins e Araguaia; o Pantanal, Paraguai e Paraná; o Amazonas e todos os seus afluentes, moldando rochas, formando solos e propiciando a formaçãode vida em nosso continente.
Geologia - A rocha predominante em nossa região é o quartizito micáceo, uma rocha sedimentar de metamorfização branda com alto teor de silíca, alumínio e ferro. Esta rocha é comercializada para a construção civil,que a utiliza para pisos e revestimentos, 
sendo a principal fonte de renda do município. Existe pouquíssimas ocorrências de arenitos e filitos, mas há. Havia até um garimpo de esmeralda no xisto betuminoso encontrado a poucos quilômetros da cidade, onde encontramos e presença de outros tipos de berilos, piritas, rutilo etc. A presença de cristais de quartzo é abundante, mas não de forma valiosa para o comércio, como cristal translúcido. O ouro já há muito retirado de nossos aluviões, ainda é encontrado em alguns poucos garimpos clandestinos. No mais, é quartizito, quartizito e mais quartzitos, rocha de alta dureza.





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